Descobrir que têm pré-eclâmpsia é algo que assusta toda grávida. O diagnóstico é preocupante e os riscos para mamãe e bebê são grandes. Por isso, saiba como se prevenir e o que esperar dessa condição.

Já comentamos aqui no blog sobre os grandes riscos da pré-eclâmpsia  para a saúde da mamãe e do bebê. Conhecer os sintomas, causas e fatores de risco são o primeiro passo para evitar que isso afete sua gravidez.

Essa condição relacionada ao aumento de pressão sanguínea não tem cura, mas pode ser acompanhada e tratada junto a seu obstetra, evitando que a saúde do bebê seja prejudicada e a vida da mamãe seja colocada em risco.

O acompanhamento durante a gravidez é essencial por isso. Quanto mais cedo a pré-eclâmpsia é percebida, mais tempo você tem para se cuidar e se preparar para o parto.

Pré-eclâmpsia: como prevenir sua evolução?

A maior preocupação da grávida com pré-eclâmpsia é que ela evolua para a eclampsia. Isso pode causar a interrupção do fornecimento de nutrientes e oxigênio para o feto, podendo mata-lo. Em situações menos graves, o bebê pode nascer com peso abaixo do normal, desenvolver uma série de problemas de saúde e ter que sofrer um parto prematuro.

Infelizmente, não se sabe a causa do aparecimento da pré-eclâmpsia, o que torna impossível definir como ela pode ser evitada. No entanto, existem ações que podem ser realizadas para evitar sua evolução e riscos para mamãe e bebê, evitando que chegue em estado de eclampsia ou que o desenvolvimento do bebê seja prejudicado.

O primeiro ponto é sempre monitorar sua gravidez. Visitas periódicas ao obstetra garantem que a condição seja identificada assim que aparecer. Com isso, medidas podem ser tomadas para que os riscos sejam reduzidos.

pré-eclampsia gravidez tratamento

Após diagnosticar a condição é essencial que a mamãe se mantenha em repouso o máximo possível.

Por ser uma condição ligada ao aumento da pressão sanguínea, reduzir atividades físicas e estresse ao mínimo é essencial.

Em alguns casos não é possível escapar do parto induzido, ainda que o bebê não esteja pronto.

Mas não se preocupe, essa é a última medida e existem diversas tecnologias em UTI neonatal que auxiliam no desenvolvimento do bebê mesmo fora do útero. É um grande risco, mas menor do que manter o bebê no ventre da mamãe.

Muitas mulheres apresentam fatores de risco para a pré-eclâmpsia. Para essas mamães é ainda mais essencial o constante monitoramento da gestação. Existem algumas aspirinas que tem efeito protetor para essas mulheres. No entanto, recorrer a esses remédios e sua dosagem é algo que deve ser recomendado por seu médico.

A pré-eclâmpsia costuma acabar assim que o bebê nasce.

Prognóstico: convivendo com a pré-eclâmpsia

Uma vez diagnosticada, toda mamãe sabe os riscos que ela e seu bebê correm. Quanto mais cedo na gravidez a condição aparece, maiores são esses riscos. Conviver com a pré-eclâmpsia se torna mais fácil conhecendo sintomas e, principalmente, complicações. Assim, você está preparada para qualquer eventualidade, principalmente se for necessário induzir o parto normal ou realizar uma cesárea.

As principais possíveis complicações são:

  • Falta de fluxo sanguíneo para a placenta
  • Descolamento prematuro da placenta
  • Elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas (Síndrome HELLP)
  • Doença cardiovascular no futuro.

Se a pré-eclâmpsia evoluir pra a eclampsia, é possível que ocorram:

  • Convulsões;
  • Dor na área superior direita do abdômen;
  • Dores de cabeça;
  • Problemas de visão;
  • Confusão e redução do estado de alerta.

Esteja sempre atenta a esses sinais e procure um médico imediatamente. Mesmo que seja apenas um alarme falso, é um risco que não se deve correr.

Tratamento de pré-eclâmpsia

O tratamento para a pré-eclâmpsia começa com um acompanhamento mais constante da gravidez. Assim, consultas pré-natais, exames de sangue, ultrassonografias e o monitoramento da frequência cardíaca sertão mais frequentes.

Além disso, a mamãe deve passar por uma mudança de estilo de vida. A ingestão de sódio deve ser reduzida, ela deve manter o peso, dormir adequadamente e fazer caminhadas regularmente. Em casos mais graves o médico pode pedir repouso absoluto, com a mamãe deitada o tempo todo, ou a maior parte do tempo, sobre o lado esquerdo do corpo.

Essas medidas buscam reduzir a pressão arterial e, caso não tenham efeito, são utilizados medicamentos. O tratamento com remédios pode incluir remédios para pressão alta seguros para gestantes e, em casos graves, anticonvulsivos e corticoides, principalmente se houverem complicações hepáticas ou de plaquetas. É possível que o médico peça, em casos graves, a hospitalização, acompanhando mais de perto o volume de líquido amniótico e os batimentos do bebê.

Se a pré-eclâmpsia foi diagnosticada perto do fim da gravidez, a indução do trabalho de perto pode ser recomendada. Essa alternativa só é utilizada se estiver realmente perto do fim da gravidez ou se não houver nenhuma possibilidade de esperar.


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